Secretário pediu alta do teto para ‘evitar consequências catastróficas’. Tesouro deixa de investir em fundos de aposentadoria de servidores.

O departamento do Tesouro norte-americano anunciou nesta segunda-feira (10) que, como estava previsto, adotou medidas de financiamento excepcionais na ausência de uma ampliação do limite da dívida pelo Congresso.
“Peço ao Congresso para proteger o crédito dos Estados Unidos e evitar consequências potencialmente catastróficas se não elevar o teto da dívida a tempo”, escreveu Jacob Lew, secretário do Tesouro, em uma carta ao Congresso enviada nesta segunda-feira.
Em suspenso depois do compromisso orçamentário de meados de outubro, o teto da dívida norte-americano foi atingido na sexta-feira (7) e deve, como consequência, ser elevado pelo Congresso para permitir que o Estado possa contrair nova dívida para enfrentar suas obrigações financeiras.
A fim de ampliar sua margem de manobra, o Tesouro renunciará a partir desta segunda-feira a investir em dois fundos de aposentadorias de funcionários da administração, informou Lew.
Essas medidas – que alcançam cerca de US$ 175 bilhões – permitirão ao Estado funcionar até 27 de fevereiro sem ter que emitir nova dívida.
Somente o Congresso tem a prerrogativa de autorizar um aumento do endividamento, que já tinha sido objeto de um bloqueio em outubro passado, gerando temores de um default parcial dos Estados Unidos.
Disputas políticas
O teto da dívida tem sido uma fonte regular de atrito em Washington conforme o Congresso tem debatido sobre como colocar as finanças do país numa trilha mais estável.
Em outubro, o Congresso e o Executivo acertaram um limite para os empréstimos de US$ 16,7 trilhões até 7 de fevereiro. Se o teto da dívida não for elevado até lá, o Tesouro pode remanejar recursos das diferentes contas do governo por algumas semanas para manter a dívida sob o novo limite.
Fonte: g1.globo.com (Da France Presse)